Os anos 50: Bill Haley e o Rock'n'Roll
A primeira gravação rock'n'roll que obteve popularidade nacional foi "Rock Around the Clock" produzida por Bill Haley e The Comets, em 1955. Harley fez sucesso ao criar uma música voltada para a juventude, que incluía suas batidas empolgantes, a necessidade de se dançar e o efeito de suas letras. A melodia era claramente tirada por sua guitarra elétrica; as letras eram normais e simples. Haley acabou abruptamente como a ascendência das baladas suaves e sentimentais, que eram populares nos anos 40 e início dos 50. Ele também obteve êxito ao utilizar o ritmo black e o blues, de forma que o público de adolescentes brancos pudesse entender.
O blues, e o "rhythm and blues", também eram identificados como adultos, sexuais, revoltados e únicos pela cultura negra, por isso foram aceitos tanto emocional como comercialmente, sem precisar de adaptações. A principal gravadora havia anos que produzia gravações apenas para o público black, por isso era chamada de "race records". O surgimento do rock'n'roll trouxe um significante enfraquecimento na resistência da cultura negra. O incomparável rock'n'roll black que Haley criou, pode ser ouvido em produções sexualmente adultas de artistas como Hank Ballard e os Midnighters ("Work with Me, Annie") ou o "Grande" Joe Turner ("Shake, Rattle, and Roll"), ou no último som adaptado por Haley para um público branco que é "Dance with Me, Henry".
O rock'n'roll foi feito para ou sobre os adolescentes. Suas letras traziam temas comuns da adolescência: escola, carros, férias, pais e o mais importante, amor. Os principais instrumentos do velho rock'n'roll eram a guitarra, o baixo, o piano, a bateria e o saxofone. Todos os aspectos da música - sua batida pesada, a sonoridade, as letras auto-absorvidas e a liberação da loucura - indicavam uma rebeldia dos adolescentes pelos valores e autoridade dos adultos. Entre os influenciadores dos anos 50 estavam Chuck Berry ("Johnny B.Goode"), Little Richard ("Good Golly Miss Molly"), Sam Cooke ("You Send Me"), Buddy Holly ("Peggy Sue"), Jerry Lee Lewis ("Great Balls of Fire") e Carl Perkins ("Blues Suede Shoes").
Final dos anos 50 e início dos 60: Elvis,
Motown e a Invasão Britânica
O maior símbolo do rock'n'roll entre 1956 e 1963 foi Elvis Presley, um motorista de caminhão de Tupelo, Miss., que tornou-se cantor. Sua liberação melancólica e sexual atraía diretamente o público jovem, enquanto que horrorizava os mais velhos. Como o rock'n'roll havia se tornado um sucesso financeiro, as gravadoras que o consideravam uma coqueluche, começaram a garimpar novos cantores; eles geralmente faziam sucesso ao comercializar as suas músicas mais rebeldes. No final dos anos 50, por exemplo, estavam na moda as canções sentimentalmente mórbidas, assim como "Laura" e "Teen Angel".
Nesta época, Detroit tornou-se um centro importante para os cantores negros, então, surgiu um certo tipo de música conhecida como "Motown" [motor town], que foi nomeada pela Motown Records. O estilo é caracterizado por uma pessoa que canta canções melódicas e impressionistas, acompanhada de um grupo elegante com harmonias compactas e articuladas. Os expoentes populares deste estilo são: Temptations, Smokey Robinson e o Miracles, Diana Ross e o Supremes, e. Gladis Knight e o Pips.
O rock music tornou-se popular novamente em 1962, com o surgimento dos Beatles, um grupo de quatro rapazes com cabelos longos, de Liverpool, Inglaterra. No início, eles foram aclamados por suas energias e personalidades individuais atraentes, e não pela inovação de suas canções, que tiveram influência de Berry e Presley. A popularidade deles inevitavelmente incentivou outros grupos com nomes anormais. Um dos mais importantes destes grupos foi o Rolling Stones, cuja música derivou da tradição black do blues. Estas bandas britânicas instigaram o retorno às raízes blues do rock'n'roll, apesar de já possuírem características mais barulhentas e eletrônicas.
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